quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Roadtrip Nova Zelândia - Ilha Sul - dia 1



Pousamos em Christchurch pouco antes da 1h da manhã, a passagem pela imigração foi tranquila, já que para o passaporte brasileiros não precisa de visto para turismo de até 90 dias na Nova Zelândia.

Saímos do aeroporto e fomos direto buscar o carro que havíamos alugado. Diferente do que havíamos feito na Austrália, acabamos alugando um carro normal dessa vez, nada de campervan ou motorhome. Fizemos uma parada básica para abastecer, comprar algo para comer e sacar dinheiro local.




Às 3h estávamos na estrada em direção à Franz Josef (cerca de 350km - +/- 5h). Depois de 1:30h dirigindo, resolvemos parar em uma área de descanso ao lado do Lago Pearson para tirar uma soneca e seguir viagem ao amanhecer. A noite estava linda e estrelada. Por não haver poluição luminosa, o céu estava maravilhoso, era possível ver a Via Láctea e incontáveis estrelas, dava vontade de ficar contemplando o firmamento até o amanhecer, mas o sono falou mais forte...

 Às 9h acordamos e demos uma caminhada na beira do lago, a vista era belíssima! Como chegamos no meio da madrugada, não havíamos visto nada da beleza do lugar. Depois de uma pequena caminhada matinal seguimos viagem. A estrada até que é boa, bem sinalizada, porém não duplicada e alguns trechos em obras, sem falar na chuva intermitente que insistia em cair, o que nos fez levar mais tempo do que o previsto.





As cidades, ou vilarejos, ficam bem distantes uns dos outros, em algumas áreas são mais de 150 km de distância, mas eles sinalizam e avisam para que ninguém fique parado no caminho sem gasolina.

Foi em um desses vilarejos que eu tomei minha primeira multa de trânsito internacional. O limite de velocidade era 50 km/h e eu estava a 67 km/h, segundo o policial que nos parou... a brincadeira nos custou 120 dólares e muita atenção dali pra frente. A Nova Zelândia é conhecida por ser um dos países menos corruptos do mundo, ou seja, não tem como dar um "jeitinho brasileiro" para aliviar a multa ou levar o policial na conversa do "eu sou turista, não percebi".

Chegamos em Franz Josef por volta das 14h. Chovia muito. Fizemos o check in no hostel e ficamos esperando a chuva amenizar um pouco. Há um site do governo local com webcams transmitindo o topo da montanha ao vivo. A principal câmera, a bem do topo mesmo, estava offline, pois havia sido danificada por um Kea (um pássaro da região, o único papagaio alpino do mundo). Ficamos acompanhando as outras câmeras na esperança de que a visibilidade do glacier melhorasse. Depois de quase 1h de espera, percebemos que não teria jeito, ou enfrentaríamos a chuva ou ficaríamos trancados no hostel o dia todo. Pegamos o carro, fomos até o centrinho da cidade, compramos capas de chuva e nos mandamos para o Glacier. 

Mesmo com toda a chuva que caía, deu para ver o porque do lugar ser tão famoso. Foram quase 2h de trilha e apesar do tempo não ter colaborado, a paisagem foi incrível. A trilha de ida e volta cruza por rios, passa por entre os vales das montanhas, diversas cachoeiras e pelo Franz Josef Glacier. Devido a chuva que já durava alguns dias, havia muitas novas cachoeiras e pequenas quedas d'água por todos os lados.

No meio da trilha há uma foto que compara como o glacier era em 2006 e como é atualmente. O glacier diminuiu muito e mais drasticamente nos últimos 10 anos, realmente assusta. É provável que se seguir no mesmo ritmo, nos próximos anos, ele deixará de existir. Antigamente era possível seguir pela trilha e caminhar por sobre o glacier, hoje não é mais permitido. Agora a única opção de chegar até o glacier é um passeio de helicóptero que te leva ao topo e te permite explorar um pouco lá em cima. Não fizemos o passeio por causa do mau tempo. Mentira, não fizemos porque era caro mesmo hehehe.





Após curtir bastante a trilha, admirar o glacier e tomar muita chuva, voltamos para a cidadezinha para procurar um pub e relaxar um pouco antes de voltar ao hostel para dormir.

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