Milford
é a região onde se encontram os Fiordes da NZ. É uma das áreas mais remotas e
mais belas do país. Depois de pensar diversas vezes se deveríamos ir até lá ou
não, optamos por ir, afinal já estávamos tão "perto".
A
grande dúvida era por questão de distância e tempo. O Parque Nacional de
Milford Sounds fica a 290 km de Queenstown, ou seja, seriam 580 km a mais que
teríamos que dirigir. Fora tudo que já havíamos andado nos dias anteriores e o
que ainda teríamos na volta.
Decidimos
pegar um tour que incluía ônibus e cruzeiro nos Fiordes. No final das contas,
achamos que foi muito válido, pois é chão demais! Saímos de Queenstown
5:30h da manhã e o sol ameaça mostrar seus primeiros raios. Pensamos que
iríamos dormindo, mas a estrada é muito bonita, com paisagens incríveis,
montanhas, cachoeira, rios, lagos... Ainda bem que não estávamos dirigindo,
assim nos 2 pudemos apreciar todos os momentos.
Durante
todo o trajeto, o motora do ônibus ia explicando sobre os lugares que passávamos,
contando historias e lendas maoris, falando sobre a geografia do lugar,
explicando sobre a fauna e flora local. Muitos dos animais que habitam a ilha
foram introduzidos pelos Europeus e muitos acabaram tomando o espaço e matando
as espécies locais. Fizemos diversas paradas estratégicas para apreciar a
beleza natural da região. Paramos em rios, em cachoeiras, em lagos, paramos até
em alguns lugares que serviram de locação para o filme O Senhor dos Anéis. Não
tem como andar por lá e não se sentir na Terra Média, tudo lembra os cenários
do filme.
Depois
de muito tempo e diversas paradas estratégicas para apreciar a beleza natural
da região, chegamos no parque e já fomos direto para o pier. Estávamos ansiosos
pela atração principal, os fiordes. Uma breve explicação: fiorde é uma formação
geográfica com uma grande entrada de mar por entre montanhas rochosas enormes. Nosso
barco ficou 2 horas navegando pelos fiordes até sairmos do meio das montanhas e
de fato entrar em mar aberto, no Mar da Tasmânia. O passeio foi lindo! Vimos
diversos pássaros nativos da região, focas pegando um sol nas pedras e
golfinhos brincando na entrada dos fiordes. Os paredões são gigantescos e há
diversas cachoeiras pelo caminho.
A
volta foi bem cansativa. O bus fez mais algumas paradas, mas passamos quase o
tempo todo dormindo. Somente em duas paradas todo mundo se animou para sair do
bus. Uma foi para ir até um riacho que corre de cima da montanha, água
cristalina, limpíssima direto da geleira e você pode beber ali mesmo, basta
encher sua garrafa ou meter a cara no rio. A outra foi em um restaurante para
tomar café e comer algo depois de horas dentro do bus.
De
volta em Queenstown, jantamos na beira do lago e depois ficamos caminhando por
ali, aproveitando cada segundo já em clima de despedida, pois no dia seguinte
deixaríamos a cidade em direção à Christchurch. Queríamos ter subido a montanha
para ver as estrelas com um telescópio, mas estava nublado demais =/
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