Fomos para Marseille para visitar um amigo francês, Romain. Ele já havia nos visitado no Brasil durante a Copa do Mundo FIFA 2014. Combinamos um final de semana em que ele estava livre com passagens baratas da mítica Ryanair.
Marseille fica na parte sul da França, próximo à Lyon, Nice, Cannes. A cidade é banhada pelo mediterrâneo, possui uma orla linda e um centro histórico convidativo para uma boa caminhada. A cidade ficou meio abandonada, sem muitos cuidados, por um bom tempo. Porém, em 2013, a cidade foi eleita a capital europeia da cultura e tudo mudou. Marseille recebeu investimentos massivos para reformas, revitalização e novas construções para abrigar os mais de 400 eventos que seriam realizados naquele ano.
De Lisboa à Marseille foram 2 horas de vôo. Ao pousar o avião, o piloto da Ryanair toca uma música no sistema de som, uma espécie de fanfarra, e todos aplaudem. Foi engraçado e divertido. Já em solo, tivemos que passar pelo controle de fronteiras. Devido aos recentes ataques terroristas, o governo fechou o livre trânsito entre os países europeus e passou a fazer o controle de imigração para todos. No salão do aeroporto, encontramos Romain e fomos direto para a casa dele largar as mochilas e aproveitar o dia.
Fomos para uma região chamada Les Calanques, uma área na costa mediterrânea com pequenas praias e muitas belas paisagens. No caminho para lá, paramos em uma padaria para comprar nosso café da manhã, pois iríamos fazer um piquenique na praia. Compramos algumas guloseimas e baguete, é claro!
O caminho para Les Calanques é muito bonito, a estrada vai costeando o mar o tempo todo. À medida que nos aproximávamos do nosso destino, era possível olhar para trás e ver Marseille ao fundo da baía. Passamos por algumas belas praias, mas escolhemos um lugar no alto das rochas e de frente para o mar para ficar. O dia estava frio, mas bastante ensolarado. Ficamos um tempão conversando, fotografando e comendo. O piquenique foi muito bom, não poderia ter sido melhor.
Voltamos para a cidade e nos dirigimos à Catedral de Notredame. A catedral fica no alto de um morro, tem uma vista de praticamente 360°. É possível ver o estádio do Olympic de Marseille, os fortes na baía, o Porto, etc. a vista é belíssima.
Em seguida fomos para o centro para encontrar Júlia, a namorada de Romain. A encontramos em Pourt Vieux, o antigo Porto da cidade. Esta é a principal área turística de Marseille. Nesta região estão os principais cafés, restaurantes e tudo mais que os turistas procuram.
Fomos caminhando até Les Docks, um antigo cais do porto que fora todo reformado e transformado em um centro turístico com lojas e restaurantes. O lugar é muito bonito, cada pavilhão tem uma decoração diferente, muito legal. Em frente à Les Docks fica o novo porto, que é aonde os navios de cruzeiro atracam e muitos turistas desembarcam.
Seguimos em frente até o museu MuCEM que fica localizado à beira da baía. Este é um dos melhores locais para ver o pôr-do-sol e por este motivo, ficamos por lá até ver o sol se por no Mediterrâneo. Após ver mais um maravilhoso espetáculo da natureza, fomos até o museu. Porém ao tentar entrar, o segurança nos disse que já estavam fechando e não era mais possível entrar.
Já era noite e a fome começou a bater. Romain nos disse que ele havia reservado um restaurante que há tempos ele queria ir. O restaurante é especializado em carnes e ficava em uma cidade vizinha chamada Aix-en-Provence. Pegamos o carro e nos dirigimos para lá. Aix-en-Provence parece uma cidade daquelas que vemos nos filmes: toda enfeitada, muitas luzes, tudo limpo, organizado e um frio de zero graus. Primeiro fomos a um pub tomar algumas cervejas e escapar do frio até chegar a hora da nossa reserva. Quando deu o horário, fomos até o restaurante Le Zinc d' Hugo. Ótimo atendimento, ambiente agradável, comida deliciosa e menu somente em francês! A nossa sorte era que não estávamos sozinhos, nossos amigos nos ajudaram na escolha. Um detalhe curioso: mesmo nos restaurantes mais finos, é muito comum as pessoas levarem o seu próprio vinho. Nossos amigos levaram um vinho muito bom nesta noite.
No dia seguinte, Romain havia combinado com o pai dele de fazer um prato típico da região aonde ele nasceu: os alpes franceses, em uma cidade nas montanhas próxima à fronteira com a Suíça. Fomos até a casa dele buscarmos o prato chamado de Tartiflette. Feito com muitas batatas e infinitos queijos, o prato é hipercalórico e ultra gostoso! Depois de comer, ninguém tinha forças nem vontade para fazer mais nada além de vadiar e esperar a hora de pegar o nosso avião.
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