Como falamos no post anterior, nossa ida até o Camboja foi coisa rápida, apenas 4 dias. A intenção era visitar apenas Siem Reap, e claro, o templo mais conhecido do Camboja, o Angkor Wat. Chegamos já era final de tarde, então acabamos não vendo muita coisa da cidade.
No dia seguinte caminhamos pelas ruas e templos do centro de Siem Reap, que apesar de ser uma das principais do país, não tem o aspecto de cidade grande. A cidade é um tanto pacata e tirando Angkor Wat, não há muito o que fazer. Os templos que visitamos eram praticamente iguais aos outros tantos que já havíamos visitado em outras cidades do sudeste asiático.
O calor que fazia era insuportável! Para tentar se esconder um pouco do sol, caminhamos pela beira do rio Siem Reap que corta a cidade e possui diversas árvores à suas margens.
Angkor Wat
A entrada do complexo fica a cerca de 8 km do centro da cidade. Devido ao tamanho da área que engloba o complexo, os templos acabaram sendo dividido em circuitos para facilitar a vida dos turistas. O circuito pequeno consiste em aproximadamente 20 km. Já o circuito grande, são mais de 40 km. O recomendado é que sejam feitos em dias distintos, para que se possa aproveitar bem o passeio. Para quem tem pouco tempo, o circuito pequeno é uma boa escolha, já que nele estão incluídos os principais templos e ruínas de Angkor Wat. Muita gente aluga uma bike e faz o circuito por conta própria, mas acabamos optando por contratar um tuk-tuk direto no hostel para nos levar até lá e fazer o circuito pequeno. Pagamos 20 dólares pelos 2 dias, sendo que no primeiro dia veríamos apenas o por-do-sol e no dia seguinte faríamos o circuito. Achamos que valeu o investimento, pois a caminhada dentro dos templos é puxada, muitos deles têm escadarias imensas e lembrando que fomos na época de seca e calor intenso, 9 horas da manhã parecia meio dia. Sol a pino, fazia facilmente 40ºC ou mais.
Mas voltando à nossa visita... Quando foi 16:30h nosso motora nos buscou no hostel e fomos direto para a bilheteria, pois somente lá é vendido o Angkor Pass (o bilhete de entrada). A fila estava grande, pois eles tiram fotos de todos os turistas. O bilhete é pessoal e intransferível, para garantir isto, a foto que eles tiram vai estampada no ingresso. Considerando o processo todo, até que foi bem rápido. O passe de visitação é vendido conforme a quantia de dias escolhidos:
- 20 dólares - 1 dia
- 40 dólares - 2 dias
- 60 dólares - 7 dias
Compramos o de 1 dia apenas, pois os ingressos adquiridos após às 17h permitem a entrada no complexo para que as pessoas possam ver o pôr-do-sol. :)
Ingressos na mão, seguimos direto para o Phnom Bakheng. Um templo que fica localizado no alto de um morro e de onde se tem a melhor vista do pôr-do-sol. Devido ao estado de conservação do templo, atualmente são permitidas apenas 300 pessoas por vez lá em cima. Como chegamos em cima da hora, a fila estava gigante. Achamos que não daria tempo de subirmos, pois o sol já estava bem baixo. Quando chegou nossa vez de subir, o sol foi sumindo no horizonte, mal conseguimos apreciar o tão comentado pôr-do-sol de Angkor Wat. Mas não ficamos tristes, pois o principal seria o nascer do sol de frente para o templo na manhã seguinte.
No dia seguinte nosso motora estava pontualmente às 5h nos esperando. Fomos direto para o Angkor Wat, e quando chegamos já haviam centenas de pessoas espremidas ao redor do lago que fica à frente do templo. Todos procurando os melhores lugares e ângulos para apreciar o nascer do sol mais bonito e famoso do Camboja. Perto das 6h começou a clarear, mas o sol só apareceu por trás do templo depois de quase uma hora, e aí então entendemos o que faz milhares de pessoas viajarem até aqui apenas para presenciar este momento. Realmente mágico.
Angkor Wat - 5:30am |
Multidão aguardando o pôr-do-sol |
Passada a euforia, tomamos café da manhã por lá mesmo, um belo picnic, e saímos para visitar o templo por dentro. Estávamos com um livro guia (um Lonely Planet), íamos lendo e apreciando cada detalhe das construções e das histórias por trás de cada canto do templo. O que mais nos impressionou foi a idade das construções. Datadas do início do século 12, muitas continuam em perfeito estado. A riqueza das pinturas, esculturas e afrescos permitem que as histórias contadas nelas continuem vivas.
Recomendamos muito que não façam a visita por conta própria, sem um guia local ou um livro guia. Angkor Wat é belíssimo pela arquitetura, mas as histórias e lendas são o que dão o toque de mistério e encantamento ao lugar. Entender o significado das estruturas e das histórias contadas nos afrescos tornam a experiência ainda mais rica e excitante. Por exemplo: muitos afrescos relatam batalhas importantes dos antigos reis de Khmer e outros retratam lendas do hinduísmos.
Saímos de lá e nosso motora, que nos aguardava do lado de fora, nos levou até o Angkor Thom, mas antes de entrar passamos por uma ponte no portão sul, que é uma atração a parte. Cheia de estátuas de deuses e demônios, de ambos os lados, representando a proteção dos templos.
Depois fomos até o Bayon, localizado na parte central do Angkor Thom, é reconhecido mundialmente pelas dezenas de rostos gigante esculpidos em pedras. As esculturas estampam um sorriso no rosto. Há quem diga que representam um Buda.
Rostos no Bayon |
Banteay Kdei, também conhecido como cidadela dos monges. Era um monastério budista.
Baphuon, construído na metade do século 11 em homenagem ao Deus Hindu, Shiva. Com a sucessão de reis que ocorreu no depassar dos anos, no final do século 15 o templo acabou sendo convertido para o budismo, onde construíram uma enorme estátua de Buda deitado. Porém devido ao tamanho, algumas partes do templo acabaram desmoronando, provavelmente a estrutura não aguentou ou quem sabe, pode ter sido castigo de Shiva.
Haja pernas!! |
Terraço dos elefantes, usado pelo rei Jayavarman VII, para cerimônias públicas. O nome é devido aos diversos elefantes entalhados em pedra.
Ta Prohm, foi construído com a finalidade de ser um monastério e universidade, no final do século 12. Diferente dos demais templos que foram restaurados, ele foi mantido nas mesmas condições de quando foi descoberto, com árvores e raizes tomando conta das construções. É um dos templos mais populares entre os visitantes do complexo.
Finalizamos nosso tour pelo complexo já passava das 13h. Estávamos exaustos, pois além de termos madrugado, o calor e o sol estavam castigando. Voltamos para o hostel e descansamos até o final da tarde.
À noite saímos para caminhar na Pub Street, uma avenida movimentada, repleta de bares e restaurantes com os mais variados tipos de menus. Aqui é onde a vida noturna da cidade acontece, todos os turistas se encontram no local para uma merecida cerveja gelada ao final do dia.
Depois passamos pelo Nigth Market, a feira local, onde vendem basicamente roupas, acessórios e artesanatos. No centro do local, há alguns restaurantes com comida local.
Para finalizar nossa visita ao Camboja, passamos no Museu Nacional do Angkor, que é onde estão localizadas várias peças, esculturas e grande parte da história do Angkor Wat. Mas acabamos desistindo de entrar quando vimos o preço: 12 dólares. Quase o mesmo preço de um dia de visita aos templos ou da entrada no Louvre em Paris. Achamos caro demais!
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