domingo, 10 de abril de 2016

Siem Reap, Camboja


Como falamos no post anterior, nossa ida até o Camboja foi coisa rápida, apenas 4 dias. A intenção era visitar apenas Siem Reap, e claro, o templo mais conhecido do Camboja, o Angkor Wat. Chegamos já era final de tarde, então acabamos não vendo muita coisa da cidade.
No dia seguinte caminhamos pelas ruas e templos do centro de Siem Reap, que apesar de ser uma das principais do país, não tem o aspecto de cidade grande. A cidade é um tanto pacata e tirando Angkor Wat, não há muito o que fazer. Os templos que visitamos eram praticamente iguais aos outros tantos que já havíamos visitado em outras cidades do sudeste asiático.
O calor que fazia era insuportável! Para tentar se esconder um pouco do sol, caminhamos pela beira do rio Siem Reap que corta a cidade e possui diversas árvores à suas margens.






Angkor Wat
A entrada do complexo fica a cerca de 8 km do centro da cidade. Devido ao tamanho da área que engloba o complexo, os templos acabaram sendo dividido em circuitos para facilitar a vida dos turistas. O circuito pequeno consiste em aproximadamente 20 km. Já o circuito grande, são mais de 40 km. O recomendado é que sejam feitos em dias distintos, para que se possa aproveitar bem o passeio. Para quem tem pouco tempo, o circuito pequeno é uma boa escolha, já que nele estão incluídos os principais templos e ruínas de Angkor Wat. Muita gente aluga uma bike e faz o circuito por conta própria, mas acabamos optando por contratar um tuk-tuk direto no hostel para nos levar até lá e fazer o circuito pequeno. Pagamos 20 dólares pelos 2 dias, sendo que no primeiro dia veríamos apenas o por-do-sol e no dia seguinte faríamos o circuito. Achamos que valeu o investimento, pois a caminhada dentro dos templos é puxada, muitos deles têm escadarias imensas e lembrando que fomos na época de seca e calor intenso, 9 horas da manhã parecia meio dia. Sol a pino, fazia facilmente 40ºC ou mais.
Mas voltando à nossa visita... Quando foi 16:30h nosso motora nos buscou no hostel e fomos direto para a bilheteria, pois somente lá é vendido o Angkor Pass (o bilhete de entrada). A fila estava grande, pois eles tiram fotos de todos os turistas. O bilhete é pessoal e intransferível, para garantir isto, a foto que eles tiram vai estampada no ingresso. Considerando o processo todo, até que foi bem rápido. O passe de visitação é vendido conforme a quantia de dias escolhidos:

  • 20 dólares - 1 dia
  • 40 dólares - 2 dias 
  • 60 dólares - 7 dias

Tuk-Tuk


Angkor Pass

Compramos o de 1 dia apenas, pois os ingressos adquiridos após às 17h permitem a entrada no complexo para que as pessoas possam ver o pôr-do-sol. :)
Ingressos na mão, seguimos direto para o Phnom Bakheng. Um templo que fica localizado no alto de um morro e de onde se tem a melhor vista do pôr-do-sol. Devido ao estado de conservação do templo, atualmente são permitidas apenas 300 pessoas por vez lá em cima. Como chegamos em cima da hora, a fila estava gigante. Achamos que não daria tempo de subirmos, pois o sol já estava bem baixo. Quando chegou nossa vez de subir, o sol foi sumindo no horizonte, mal conseguimos apreciar o tão comentado pôr-do-sol de Angkor Wat. Mas não ficamos tristes, pois o principal seria o nascer do sol de frente para o templo na manhã seguinte.




Vista do Phnom Bakheng

No dia seguinte nosso motora estava pontualmente às 5h nos esperando. Fomos direto para o Angkor Wat, e quando chegamos já haviam centenas de pessoas espremidas ao redor do lago que fica à frente do templo. Todos procurando os melhores lugares e ângulos para apreciar o nascer do sol mais bonito e famoso do Camboja. Perto das 6h começou a clarear, mas o sol só apareceu por trás do templo depois de quase uma hora, e aí então entendemos o que faz milhares de pessoas viajarem até aqui apenas para presenciar este momento. Realmente mágico. 

Angkor Wat - 5:30am

Multidão aguardando o pôr-do-sol



Passada a euforia, tomamos café da manhã por lá mesmo, um belo picnic, e saímos para visitar o templo por dentro. Estávamos com um livro guia (um Lonely Planet), íamos lendo e apreciando cada detalhe das construções e das histórias por trás de cada canto do templo. O que mais nos impressionou foi a idade das construções. Datadas do início do século 12, muitas continuam em perfeito estado. A riqueza das pinturas, esculturas e afrescos permitem que as histórias contadas nelas continuem vivas.
Recomendamos muito que não façam a visita por conta própria, sem um guia local ou um livro guia. Angkor Wat é belíssimo pela arquitetura, mas as histórias e lendas são o que dão o toque de mistério e encantamento ao lugar. Entender o significado das estruturas e das histórias contadas nos afrescos tornam a experiência ainda mais rica e excitante. Por exemplo: muitos afrescos relatam batalhas importantes dos antigos reis de Khmer e outros retratam lendas do hinduísmos.

Lonely Planet Guide














Saímos de lá e nosso motora, que nos aguardava do lado de fora, nos levou até o Angkor Thom, mas antes de entrar passamos por uma ponte no portão sul, que é uma atração a parte. Cheia de estátuas de deuses e demônios, de ambos os lados, representando a proteção dos templos. 


Depois fomos até o Bayon, localizado na parte central do Angkor Thom, é reconhecido mundialmente pelas dezenas de rostos gigante esculpidos em pedras. As esculturas estampam um sorriso no rosto. Há quem diga que representam um Buda.



Rostos no Bayon



Banteay Kdei, também conhecido como cidadela dos monges. Era um monastério budista. 







Baphuon, construído na metade do século 11 em homenagem ao Deus Hindu, Shiva. Com a sucessão de reis que ocorreu no depassar dos anos, no final do século 15 o templo acabou sendo  convertido para o budismo, onde construíram uma enorme estátua de Buda deitado. Porém devido ao tamanho, algumas partes do templo acabaram desmoronando, provavelmente a estrutura não aguentou ou quem sabe, pode ter sido castigo de Shiva.



Haja pernas!!




Terraço dos elefantes, usado pelo rei Jayavarman VII, para cerimônias públicas. O nome é devido aos diversos elefantes entalhados em pedra.




Ta Prohm, foi construído com a finalidade de ser um monastério e universidade, no final do século 12. Diferente dos demais templos que foram restaurados, ele foi mantido nas mesmas condições de quando foi descoberto, com árvores e raizes tomando conta das construções. É um dos templos mais populares entre os visitantes do complexo. 







Finalizamos nosso tour pelo complexo já passava das 13h. Estávamos exaustos, pois além de termos madrugado, o calor e o sol estavam castigando. Voltamos para o hostel e descansamos até o final da tarde.
À noite saímos para caminhar na Pub Street, uma avenida movimentada, repleta de bares e restaurantes com os mais variados tipos de menus. Aqui é onde a vida noturna da cidade acontece, todos os turistas se encontram no local para uma merecida cerveja gelada ao final do dia.
Depois passamos pelo Nigth Market, a feira local, onde vendem basicamente roupas, acessórios e artesanatos. No centro do local, há alguns restaurantes com comida local.







Para finalizar nossa visita ao Camboja, passamos no Museu Nacional do Angkor,  que é onde estão localizadas várias peças, esculturas e grande parte da história do Angkor Wat. Mas acabamos desistindo de entrar quando vimos o preço: 12 dólares. Quase o mesmo preço de um dia de visita aos templos ou da entrada no Louvre em Paris. Achamos caro demais!

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