quarta-feira, 4 de maio de 2016

Manila, Filipinas


Depois de 3 meses viajando pelo sudeste asiático de barco, ônibus, minivan ou trem, chegou a hora de ir para o aeroporto e pegar um avião para as Filipinas. Como o país é um arquipélago composto por mais de 7 mil ilhas e fica meio isolado do resto da Ásia, não tivemos escolha senão voar até lá. O voo foi tranquilo. Pousamos em Manila, capital do país, já passava de 1h da manhã. A imigração foi super de boa. Brasileiros não precisam de visto para turistar nas Filipinas e os agentes de imigração nos concederam 59 dias de permanecia no país.

No aeroporto tinha free wifi, então aproveitamos para pedir um Uber e evitar os táxis comuns. Taxista é uma raça complicada em todos os cantos do mundo, exceto no Japão hehehe. Antes de chegar nas Filipinas já estávamos avisados para tomar cuidado com os taxistas locais porque eles exploram os turistas sem o menor pudor. Aproveitamos o tempo que tínhamos até o Uber chegar para sacar dinheiro (Pesos Filipinos). Há vários ATMs de diversos bancos, mas nem todos aceitam operações internacionais. Tentamos em uns 4 até que finalmente conseguimos sacar uns Pesos. Esperamos mais um pouco e o nosso Uber chegou. Entramos e fomos para Makati, uma das 14 cidades que compõem a região de Metro Manila. Lá ficamos hospedados na casa do Erick, um filipino que conhecemos pelo CouchSurfing. Manila é um dos locais com a comunidade do CouchSurfing mais ativa que vimos até hoje, lá foi onde recebemos o maior número de convites de pessoas se oferecendo para nos hospedar ou apenas para sair para conversar e jantar. Chegamos na casa do nosso host já era quase 2:30h. Fomos muito bem recebidos e ficamos conversando sobre o país, cultura, viagens, etc. O papo estava tão bom que quando nos demos conta já era 5:00h e o Erick ainda tinha que ir trabalhar pela manhã.

Intramuros
No dia seguinte acordamos tarde e saímos para conhecer o centro da cidade. A região de Metro Manila tem um dos maiores índices populacionais da mundo, são quase 13 milhões de moradores na região. O trânsito é simplesmente caótico! Gastam-se horas para andar pouquíssimos quilômetros e é preciso muita, muita paciência. Pegamos um metro para tentar fugir do trânsito, mas era lento e lotado igual. Filas gigantes para entrar nas estações, baixa frequência de trens, muita gente e muito calor. Depois de 2h chegamos no Intramuros, a região histórica da cidade.
Intramuros como o próprio nome sugere, é uma parte da cidade cercada por muros, onde na época da colonização era a cidade de Manila. Atualmente é aonde se encontra a maioria dos atrativos da cidade, como a Catedral, o Forte Santiago, o Palacio del Gobernador e a Igreja de San Agustin.


Intramuros











Após explorarmos um pouco da história da cidade, a hora de voltar para casa foi outro sofrimento. Era hora do rush, o metrô estava ainda mais lotado e para ajudar, umas duas estações depois que embarcamos o metrô estragou! Tivemos que descer e esperar o próximo, que veio insanamente super lotado. O metrô parou, porém não conseguimos entrar. Ficamos esperando o próximo que também estava lotado, no entanto nos esprememos na muvuca e entramos. Foram quase 3 horas até chegarmos novamente em Makati. Chegamos à conclusão de que Manila e arredores não são bons locais para turistar. A menos que você tenha muita paciência e não se importe com o calor de mais de 40 graus. Senão, fuja! Fique 1 dia para visitar Intramuros e deu :P

Passado o sufoco, saímos para jantar em uma feira local. Provamos alguns pratos locais da louca culinária filipina. As comidas por aqui são umas misturas de doce com salgado, fritura pra caramba, fast-food e muito arroz! O arroz acompanha tudo: massa, hambúrguer, cachorro-quente... Não importa, tem que ter arroz, senão não é considerado uma refeição. Para se ter uma ideia do quão tarados por arroz eles são, até no McDonald's eles vendem arroz.

Uma das principais iguarias da culinária filipina é o Balut, que nada mais é do que um ovo de galinha ou de pato fertilizado, ou seja, com um embrião dentro já desenvolvido. No RS chamamos de ovo galado. O Balut é chocado/incubado por 17 dias, então é cozido e servido. Nosso host, Erick, fez questão que provássemos. Fomos para um bar tomar cerveja e esperar o vendedor de Balut passar por ali. Não demorou muito até que o vendedor aparecesse com sua bicicleta e a cesta cheia de ovos... O gosto não é muito diferente de um ovo cozido normal, o problema é a textura e o visual.



Vulcão Taal
No dia seguinte fomos até Tagayay, uma cidade a 60 km de Manila, onde fica localizado o vulcão Taal, o menor vulcão do mundo. Apesar de ser perto, levamos 3h para ir e mais 3h para voltar. Acabamos não fazendo a trilha de subida no vulcão porque quando chegamos já era tarde, quase meio dia e o sol estava forte demais. Dizem que a subida é tranquila e não requer muito esforço, mas que o recomendado é que seja feito no início do dia, logo que o sol nasce e o calor ainda é suportável. Fomos apenas ao Picnic Grove, uma área no alto do morro, de onde se tem uma bela vista do vulcão e do lago que o cerca. Ficamos lá relaxando e observando a paisagem.







Tuktuk filipino

Jeepney lotado!

Voltamos para Manila no final da tarde e saímos para jantar em um restaurante filipino, com garçons cantores. A comida estava ótima, provamos Kare-Kare (segundo nosso host, é uma imitação do curry, feito com pasta de amendoim, já que eles não têm curry nas Filipinas) e Sinigang (uma sopa com tamarindo). Para sobremesa, tivemos halo-halo: a mistura mais louca do universo feita com gelatina, pudim, milho doce, sorvete de inhame, gelo, leite de coco, feijão doce e jack fruit. A cara dele não é muito convidativa, mas adoramos. Durante a noite inteira os garçons ficam cantando e até dançando, eles deram um verdadeiro show!


Kare-Kare

Sinigang

Halo-Halo


Ricos por um dia... ou dois :)
Das muitas pessoas que conhecemos em Manila, teve uma que nos proporcionou uma experiência bem inusitada! Este novo amigo trabalha em uma empresa de segurança, ele é responsável por testar os procedimentos de segurança dos clientes de uma forma geral. Os testes consistem em infiltrar pessoas para executar ações pré-determinadas como se fossem casos reais e com isto verificar a eficácia dos protocolos de segurança dos clientes. Os clientes são dos mais diversos seguimentos, um deles é uma grande rede hoteleira. Naquela semana que estávamos lá, ele precisava de pessoas que pudessem se hospedar em um dos hotéis 5 estrelas e simular alguns casos de quebra de segurança. Ele nos convidou para participar do teste, em troca ficaríamos 3 noites hospedados em um hotel 5 estrelas no qual jamais teríamos a menor chance de ficar e o melhor de tudo. Nossa hospedagem e os nossos custos com alimentação nestes dias no hotel seriam pagos pela empresa. Nosso papel era pegar algumas coisas da área comum do hotel (sim, simular pequenos furtos) e levar para nosso quarto para ver se as pessoas que arrumam os quartos perceberiam ou se os seguranças iriam observar nas câmeras. A tarefa foi fácil e engraçada! Cada coisa que pegávamos saímos rindo e nervosos com medo de sermos pegos. Óbvio que tínhamos conosco uma carta da empresa explicando do teste e tudo mais, caso fossemos pegos era só apresentar. Tipo: rááá, pegadinha do malandro! Mas no fim nem precisamos usá-la. Sinal de que a segurança por lá não estava 100% ou sinal de que somos ladrões profissionais :P


Piscina de hotel 5 estrelas é outro nível :P

Brincamos de ser ricos por uns dias e podemos dizer: é muito bom!!! Mentira de quem falou que dinheiro não trás felicidade hahahahaha
Terminado nossos 3 dias de milionários fajutos, era hora de dar tchau para Manila. Ainda bem, pois todo aquele trânsito e calor já estava nos cansando e tirando nossa paciência. Queríamos praia novamente :)

Saímos do hotel, pegamos nosso Uber e fomos direto para o aeroporto, mas sem saber acabamos descendo no terminal internacional, que é relativamente longe do terminal doméstico. Tivemos que pegar o transfer interno do aeroporto, que nos tomou uns 30 minutos a mais, ainda bem que estávamos com bastante tempo desta vez. A área de embarque nacional é uma zona, uma bagunça só! Não há informação de nada. Mesmo com o check in feito pela internet, tivemos que ficar em uma fila enorme apenas para imprimir o cartão de embarque, pois a máquina que faz o check in não permite reimpressão. Umas idiotices que não tem cabimento. Para fechar o dia e nossa estadia em Manila, nosso voo atrasou mais de 2 horas...

Um comentário:

  1. Olá, tudo bem? Obrigada pelas informações no post! Vc poderia me tirar uma dúvida? Chegando ao aeroporto de Manila, gostaria de pedir um Uber tb. Existe um lugar específico onde se pega o Uber? Como saber exatamente em que local ele vai chegar?

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