quarta-feira, 25 de maio de 2016

Nossas impressões - Filipinas


Foi somente um pouco antes de irmos para lá é que ficamos sabendo que as Filipinas foram colonizadas pelos espanhóis. O próprio nome do país foi escolhido em homenagem ao rei da Espanha na época, Felipe II. A arquitetura espanhola está bastante presente nas construções antigas, como a região do Intramuros em Manila e as igreja em Cebu. Mas há também traços da arquitetura americana, já que por um certo período, os Estados Unidos tomou conta do pais - uns dizem que os espanhóis venderam as Filipinas para os americanos, outros dizem que foi um acordo sem interesses financeiros.

Não sabemos ao certo qual é a historia verdadeira, mas atualmente o país tem muito mais os traços da colonização americana do que da espanhola. Principalmente no idioma. O inglês é considerado idioma oficial no país, enquanto que o espanhol ainda se faz presente em algumas expressões. As horas são sempre faladas em espanhol. O mais engraçado é que é possível ouvir em uma única frase os 3 idiomas, tudo misturado.



Sem duvida uma característica marcante no povo filipino é a hospitalidade. Já tínhamos lido a respeito de como eles gostam e tratam bem os turistas e acabamos sentindo isso na prática quando ficamos hospedados em Manila pelo couchsurfing. Nosso host foi muito legal, fazia de tudo para que nos sentíssemos bem e confortável. Sempre disposto a nos contar coisas sobre o país e a cultura deles. Sem falar que fazia questão que provássemos todas as comidas tradicionais. 

Falando em comida, a deles é bem diferente do que estávamos acostumados no resto da Ásia. Muitos fast-foods e grandes redes de restaurantes espalhados pelas cidades. Eles têm um fast-food estilo Mc Donalds, mas que só existe nas Filipinas, chamado JolieBee. Provamos, mais não curtimos muito. 
No geral as refeições contém bastante fritura e misturas estranhas. Não que sejam ruins, mas são combinações que nunca pensaríamos em fazer. No Mc Donalds tem arroz e o prato mais estranho que já vimos até hoje foi o tal do Balut.



Em relação ao transporte público e o trânsito, só tivemos experiências ruins. Foi trem que não funcionou ou estava lotado demais, ônibus sem horários, os ferrys foram uma piada e testaram nossa paciência ao limite. Até o serviço nos aeroportos foi terrível. Para sair de Cebu por exemplo, os passageiros de voos internacionais precisam pagar a taxa de embarque na hora do check in, não sabemos o motivo de não estar incluída na passagem, como em 99% dos casos, e para piorar ainda mais a situação, você só fica sabendo disso na hora do embarque, não vem aviso nenhum na hora da compra, muito menos no e-ticket. Se for para lá, separe 750 pesos para isto. 




Lendo e conversando com diversos mochileiros durante nossa trip, percebemos que as Filipinas não fazem parte do roteiro da maioria das pessoas que viajam pelo sudeste asiático. Talvez pela distância. Não sabemos ao certo, mas sem dúvida lá foi o local onde encontramos menos turistas do que qualquer outro que visitamos até o momento. 

Viajar nas Filipinas não é caro, mas se compararmos com os demais países do sudeste asiático, talvez ele esteja nos Top 3 dos mais caros. Hospedagem foi o item que pesou mais no orçamento, devido a pouca opção que o pais oferece.

Se o turismo externo é pequeno, o turismo interno bomba. Ficamos impressionados com a quantidade de locais viajando de um lado para outro. Nas praias, cachoeiras, praças, parques, qualquer lugar que íamos eles dominavam os espaços. Geralmente era 90-95% locais e 10-5% turistas.

O fato do inglês ser considerado idioma oficial, facilitou muito nossa vida por aqui. As pessoas mais jovens, na grande maioria, dominam o idioma. Não tivemos problema nenhum com isso. Inclusive aproveitamos para ir no cinema por aqui (2x), pois os filmes são exibidos em inglês e sem legenda.

As praias sem sombra de dúvidas foram as mais bonitas que já vimos até hoje. Não se compara a nenhuma outra. Isso que nem visitamos os lugares mais tops do país como Boracay ou Palawan. 
Gostamos muito das Filipinas e pretendemos voltar para lá um dia em breve, enquanto a natureza ainda permanece quase intocável em muitos locais.








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