sábado, 16 de janeiro de 2016

Nossas impressões - Portugal


Em Portugal, diferente dos demais países que visitamos, talvez nossas impressões tenham menos a visão de turista e mais de residente da cidade, já que acabamos ficando por lá 2 meses e usando mais serviços locais.
Primeiro ponto que nos deixou intrigados foi o idioma. Apesar de ser o mesmo que o nosso, muitas palavras são diferentes, na pronúncia, acentuação ou até mesmo significado. E o sotaque carregado muitas vezes torna incompreensível a conversa. Quando estão falando entre eles, então, parece ser outro idioma. Mas depois que a gente se acostuma com o novo vocabulário aí fica tranquilo e quando percebemos estamos até falando da mesma forma que eles.

Outro ponto que nos chamou bastante a atenção, e que nós não imaginávamos, foi a quantidade de brasileiros morando lá. A maioria dos quais tivemos a chance de conhecer, estão lá a 10-15 anos, e outros tantos recém chegados, que resolveram arriscar a sorte por lá.

O transporte público no geral é muito bom, desenvolvido, pontual. Há metrô, ônibus, trem e bonde, todos com conexões. O trem interliga grande parte do país, é fácil viajar para outras cidades. Agora, quem tem carro deve estar preparado, pois locais para estacionar são raros e quando existem são caros.




A comida é muito boa, muitos frutos do mar e óbvio: bacalhau e sardinha. Se come muito bem e com muita fartura. É comum pedir um prato que vem tanta comida que dá para dois comerem tranquilamente. As sobremesas não ficam pra trás, as vitrines das pastelarias (padarias) são de encher os olhos e a estrela principal é o Pastel de Belém (vendido somente em Belém) e o Pastel de Natal (que é igual ao de Belém, mas vendido em qualquer lugar).













O sistema de saúde, como falamos em outro post, funciona bem. Ou pelo menos funcionou com a gente. Ouvimos muita gente reclamando, que é ruim, que é demorado. Mas na nossa visão foi muito bom, ficamos só imaginando como teria sido se estivéssemos no sudeste da Ásia, onde além do idioma ser uma barreira, eles ainda não têm um sistema de saúde muito bom. Se compararmos com o Brasil, ainda estaríamos esperando uma vaga para verem qual era o problema...

Em relação a limpeza das cidades, deixou a desejar. Muito lixo nas ruas e principalmente coco de cachorro. Em lisboa, caminhe olhando para o chão, senão certamente será "premiado". De uma forma geral, o português é meio podrão igual os brasileiros: jogam lixo no chão sem a menor cerimônia.

Apesar de não ter tantos policiais pelas ruas, como os demais países europeus que visitamos, nos sentimos muito seguros. Não vimos nem ouvimos nenhuma história de assalto, sequestro, morte ou algo do tipo. A única coisa que ouvimos dizer é que existem batedores de carteira profissionais e que estes preferem turistas desatentos, principalmente chineses.

As pessoas são muito receptivas, dispostas a ajudar sempre, e quando se fala que é brasileiro eles ficam ainda mais simpáticos. Eles gostam muito de nós, da nossa cultura e das novelas da Globo. Viu? Ser noveleiro é coisa de Europeu, muito chique (ironia on).

O custo de vida lá é um dos mais baixos da Europa, pois há muito incentivo do governo, principalmente em redução de impostos. Mas o pais está em crise e é visível. Há muito desemprego e o número de portugueses imigrando para outros países nunca foi tão alto. Basicamente o mesmo cenário que o Brasil se encontra. Nas ruas muita gente pedido dinheiro, se percebe que a maioria são imigrantes.

No final das contas, Portugal foi uma grata surpresa. Não estávamos com grandes expectativas, mas acabamos gostando muito. Se tivéssemos a chance de morar por lá definitivo, não pensaríamos 2x.



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