sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Pompeia e Herculano, Itália


Pompeia possui uma das histórias mais intrigantes e conhecidas por todos sobre a ação da natureza. Localizada aos pés do vulcão Vesúvio, a cidade foi completamente destruída por uma erupção a mais de 2000 anos. Sua história foi retratada em livros, músicas e mais recentemente na versão hollywoodiana do filme Pompeii de 2014.
Em agosto de 79 AC, o vulcão entrou em erupção expelindo cinzas e pedras vulcânicas a quilômetros de altura. As cinzas quando caíram, cobriram a cidade e eternizaram os moradores que não conseguiram fugir. As figuras das vítimas petrificadas pelo incidente são universalmente reconhecidas. A grande maioria está exposta em museus, principalmente no Museu de Nápoles. Nas ruínas da cidade, ainda é possível encontrar algumas destas vítimas.
Para chegar em Pompeia não é difícil e não requer guia. Estávamos hospedados em Nápoles, então bastou pegar o trem Circunvesuviano na Estação Garibaldi, sentido Sorrento. A melhor estação para quem vai às ruínas da cidade é a Pompeii Scavi, ela fica a poucos metros de distância do principal portão de entrada das ruínas. No trem, há apenas duas preocupações: cuidar os pickpockets (batedores de carteira) e a estação que vai descer pois não há nenhum aviso, você precisa contar as paradas.
A visitação começa às 9h e encerra às 17:00h, porém a entrada só é permitida até às 15:30h. Chegamos cedo, pois após a visita em Pompeia, iríamos para as ruínas de Herculano. O ticket para cada sítio arqueológico da região custa $ 11,00. No entanto com o intuito de promover e estimular a visitação nos demais sítios, disponibilizaram um ticket especial, que permite a visitação em 5 sítios arqueológicos por $20,00. Os sítios são: Pompeia, Herculano, Boscoreale, Oplontis e Stabia. Nosso plano incluía somente Pompeia e Herculano, mas mesmo assim acabou valendo a pena.
Na entrada estão disponíveis mapa com as atrações de Pompeia e um áudio-guia (para alugar). Caso tenha interesse, você pode contratar um guia freelancer, eles não são funcionários do parque, mas ficam ali pela frente. Dentro das ruínas não espere encontrar informações e sinalizações como em museus ou alguns outros locais históricos, não há quase nada e sem o mapa é bem possível que você fique perdido e acabe não aproveitando bem o lugar.


Como somos adeptos do DIY (Do it Yourself - Faça você mesmo), lemos bastante sobre o local, as atrações, as rotas e baixamos alguns áudio-guias free.
Caminhamos por cerca de 4h nas ruas e casas das ruínas de Pompeia. A cidade é muito bem preservada, afinal de contas se passaram mais de 2000 anos desde o incidente. Em algumas casas dá para ter uma clara ideia de como era a vida naquela época. Esculturas, jardins, mosaicos e afrescos são os alvos prediletos das câmeras dos turistas. A Carol gostou mais das casas e estruturas. Eu, dos afrescos e mosaicos.
Para nós, os principais pontos que devem ser visitados em Pompeia são:
  • Anfiteatro
  • Casa del Fauno
  • Villa dei Misteri
  • Foro
  • Basilica
  • Teatro Grande
  • Palestra Grande
  • Porta Ercolano
  • Foro Triangolare






















Ao sair de Pompeia, nos dirigimos a Herculano, outra cidade devastada pelo Vesúvio, porém não tão famosa como a cidade vizinha. Na estação de trem em Pompeia, pegamos o mesmo trem Circunvesuviano, desta vez no sentido Nápoles. Descemos na estação Erculano Scavi e caminhamos uns 10 minutos em direção ao mar até chegar na entrada do sítio arquelógico. 
Herculano é muito menor que Pompeia e fica mais próxima ao vulcão, fazendo com que a história seja um pouco diferente. A cidade foi atingida e devastada por um mar de lava. Diferente do que aconteceu em Pompeia, as vitimas foram atingidas por uma onda de calor e acabaram morrendo instantaneamente, por conta disto não há corpos petrificados, e sim ossadas completas.
Caminhamos pelas ruínas durante quase 2 horas. Foi impressionante ver alguns restos de madeira e grades em portas e janelas, queimados pela lava e que continuam lá como prova da tragédia. 
Outro fato que nos deixou impressionados, foi o grande número de ossadas encontradas próximo ao mar. Eram das vítimas que estavam esperando por barcos de socorro que as levariam para longe da cidade, no entanto o socorro nunca chegou.














Ambas as cidades demoraram mais de 1500 anos para serem redescobertas e o trabalho de restauração e escavação é constante até os dias atuais.

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