domingo, 8 de novembro de 2015

Nossas impressões - Japão



Logo no desembarque no aeroporto já pudemos ver a organização e a forma que se comportam os japoneses. O povo em geral é muito educado e respeitam toda e qualquer sinalização, por exemplo, estávamos andando na rua às 9h da noite, rua vazia e eles não atravessavam no vermelho, nunca.
O Silêncio nas ruas, casas, trens, é impressionante, eles quase não falam entre si, geralmente estão mexendo no celular ou tablet, mas quando o fazem o tom de voz é sempre baixo.
Muitos lugares (mesmo turísticos) não tem sinalização em inglês, apenas japonês, esteja preparado com um guia de bolso se quiser entender um pouco mais sobre a história do lugar.

Mesmo sem falar uma palavra em inglês, muitos deles fazem um esforço enorme pra ajudar, o que nos fez sentir muito bem acolhidos.

Nas lojas de conveniência tem de tudo, comida, eletrônico, ATM.

Tudo é automatizado. O troco por exemplo, sai automaticamente, a atendente só entrega, isso quando tem atendente. Vimos alguns supermercados com self checkout.


É possível comprar quase tudo com o Suica Card (mesmo cartão utilizado no transporte público) nas lojas de conveniência como 7-Eleven e Family Mart com certeza.


Compramos uma passagem de ônibus para Kyoto pelo site e fomos até uma loja de conveniência pagar, não é necessário cartão de crédito. É emitido um "boleto" e você não precisa ir ao banco, vai até uma destas lojas, mostra o papel e paga.

Maioria dos lugares tem 2 tipos de banheiros: Japanese style (o vaso sanitário é praticamente um buraco no chão) e Western style (do jeito que estamos acostumados). Onde o banheiro é do estilo ao nosso, sempre tem uns 10 botões (em japonês obviamente) que não descobrimos pra que servem. Alguns por dedução e desenho, mas outros, nem ideia. Por exemplo: você pode apertar um botão para sair um jato de água para se limpar, outro para tocar uma música e disfarçar os "barulhos" que você faz no banheiro, outro para aquecer o assento, etc.


As ruas pelas quais andamos eram muito limpas, quase assépticas. Não vimos nenhum animal de rua. Mendigos, uns 2 ou 3 em Kyoto e Osaka. Dizem que a maioria é por opção, gente graduada nas melhores universidades, mas que pela pressão acabam pirando e indo morar na rua.

Acessibilidade é universal aqui. Todas as calçadas têm rebaixamento para cadeirantes e faixas táteis para deficientes visuais. Para atravessar as ruas, os semáforos emitem um sinal sonoro avisando que o sinal está verde e é seguro atravessar. Os sinais são pios de passarinhos diferentes, um para norte/sul e outro para leste/oeste. O objetivo deste sinal sonoro é auxiliar a mobilidade de pessoas com deficiência visual, indicando o sentido que ela está atravessando a rua.

As máquinas de café, suco, água, chá estão por todos os lados. Outras no mesmo estilo são possíveis de se comprar de tudo, cigarro, cerveja, sorvete e até mesmo comida dentro de restaurantes (no último caso, é só o pedido feito na máquina, o prato em si é entregue no balcão).




A população japonesa é muito idosa, mas idosa mesmo. Uns senhorzinhos e umas senhorinhas que aparentam fácil mais de 100 anos. Mas tem bastante criança também, os parques sempre lotados delas e os templos também. 

Os japoneses andam muito de bicicleta, verificamos isso em todas as cidades que passamos. Há bicicletários nos pontos turísticos, nas estações de trem e praticamente todos os lugares. Não há ciclovias, nem ciclofaixas, as bicicletas andam nas calçadas e respeitam o espaço dos pedestres.

A comida lá é boa e muito diferente da culinária japonesa que temos no Brasil. Restaurantes japonês no Brasil se resume a sushi e yakissoba. Aqui descobrimos que há uma infinidade de pratos e temperos diferentes, muito além do básico que estamos "acostumados" a ver. Descobrimos também que comemos sushi da forma errada. No Brasil usamos os "pauzinhos" (hashi) para pegar o sushi e molhamos a parte com arroz no molho shoyo. É errado! Eles comem sushi com as mãos e molham somente a parte do peixe, o arroz não deve ser mergulhada no shoyo.






O custo da viagem não foi aquele absurdo que imaginávamos, claro que se você tiver 20 mil para gastar em um final de semana você conseguirá, mas se você está viajando a baixo custo, como 99% dos mochileiros por aí, o Japão pode continuar sendo uma opção viável.

No geral gostamos muito do país, da cultura, da comida e das pessoas que conhecemos.
Se moraríamos lá? Com certeza, ao menos por um curto período de tempo para mergulhar de cabeça na rica cultura japonesa.

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