domingo, 15 de novembro de 2015

Hong Kong, China


Apesar de ficar no território chinês, Hong Kong é uma província independente. Têm moeda, passaporte, leis de imigração e controle de fronteira próprios. Para nossa sorte, brasileiros não necessitam de visto, diferentemente do que acontece em qualquer cidade chinesa.
Chegamos em Hong Kong de madrugada e acabamos optando por esperar no aeroporto até a hora que o transporte público começasse a operar, por volta das 5:30h da manhã.
Os ônibus em Hong Kong, como na maioria dos países que visitamos, não tem cobrador e as máquinas que fazem esse serviço não dão troco. Caso não queira perder uns trocados tenha sempre o valor exato do trecho que pretende percorrer. Nós estávamos sem trocado e já estávamos preparados psicologicamente para pegar o bus e não receber troco de volta, mas por sorte acabamos comprando o passe antecipado no próprio aeroporto. Há um pequeno guichê na saída do aeroporto, logo antes de chegar na área dos ônibus. Comprando no guichê, o preço é o mesmo que comprar direto no bus, porém eles te dão troco.

Ficamos hospedados na Natan Road, uns 50 minutos de ônibus do aeroporto. É uma região bem central e próxima a diversos lojas, restaurantes e shoppings. O hostel ficava no icônico prédio Chungking Mansions, um conjunto de quatro blocos com infinitos hostels, lojas de celular, de câmbio e tudo mais que você imaginar. É a meca dos mochileiros! Um inglês nos disse uma vez: "se você for a HK e não dormir no Chungking Mansions, você não é um mochileiro de verdade".


No primeiro dia estávamos cansados da viagem, mas mesmo assim saímos para caminhar e fomos até a Avenue of the Stars (Avenida das Estrelas), que fica na margem da baía. Lá é onde fica a famosa estátua do Bruce Lee e alguns outros ícones de Hong Kong. Ficamos algum tempo andando de um lado para outro procurando pela estátua do Bruce Lee (a mais procurada por todos, óbvio) e nada de encontrar. Desistimos e seguimos caminhando pela orla da baía de Hong Kong até sair em uma praça numa parte mais alta da cidade. Para nossa surpresa, demos de cara com a estátua que tanto procurávamos! Acabamos por descobrir que devido a algumas obras na orla, moveram as estátuas para outro local. Não há informação nenhuma em lugar nenhum, achamos o lugar por acaso.




O dia seguinte amanheceu nublado, ficamos na dúvida se deveríamos ir até o Big Buddha. Por ser em um local muito alto, estávamos receosos que talvez não conseguíssemos ver nada. Mas como não tínhamos muitos dias em Hong Kong, checamos a previsão do tempo e resolvemos arriscar. Demos sorte, no fim acabou abrindo sol e pudemos aproveitar o dia.
Para chegar até o Big Buddha, que fica no alto da montanha Ngong Ping, na ilha de Lantau, existem 3 opções: pegar um teleférico (o maior da Ásia) que custa cerca de 80 reais ida/volta ou 55 reais um trecho. Há ainda a opção um pouco mais em conta de se pegar um ônibus local que custa aproximadamente 10 reais o trecho. Ou ainda, para os mais corajosos, pode subir à pé, o que não recomendaria de forma alguma, certamente deve levar umas boas 3-4 horas. Vimos um casal fazendo a trilha, não sabemos se sobreviveram hehehe
Nós acabamos optando por pegar o teleférico (Ngong Ping cable car) pra subir e o ônibus para descer. O teleférico demorou aproximadamente 25-30 minutos para fazer o trajeto até o topo. Impressionante como é estável e quase não balança, mesmo sendo uma distância tão grande entre as montanhas. A vila no topo da montanha funciona basicamente em função do Buddha e do monastério que existem lá.  Esta estátua é umas das 5 maiores estátuas de Buda da China e a maior feita em bronze.









No pé da montanha onde se pega o bondinho (e bem próximo ao aeroporto), tem um outlet chamado Citygate, na volta acabamos parando por lá para dar uma olhada. O outlet é grande, mas a maioria das lojas são de marcas locais/asiáticas que nunca tínhamos visto antes. Acabamos comprando algumas roupas de frio, pois acabamos mudando os planos de última hora e estávamos com passagem comprada para Portugal, onde logo logo começaria o inverno.

A iguaria mais procurada em toda a cidade é o Dim Sum, uma espécie de pastel/bolinho recheado cozinhado no vapor, muito tradicional na cozinha Cantonesa. Queríamos ir no Tim Ho Wan, que é o restaurante mais barato do grandioso Guia Michellin e o único do tipo no guia. Para encontrá-lo foi uma dificuldade, ele tem o nome escrito somente em Mandarim e não há nenhuma placa grande nem nada. O restaurante fica em uma estação do metrô, na Central, embaixo do shopping International Finance Center (o mesmo onde fica uma Apple Store enorme). Além da dificuldade para encontrá-lo, a fila de espera estava gigante. Teríamos que esperar mais de uma hora e para ajudar, o restaurante fecha muito cedo...
Havíamos marcado de jantar com 2 japonesas que conhecemos em Tokyo, elas estavam em Macau indo nos encontrar em HK. Nos falamos pelo celular e avisamos que era praticamente impossível comer ali. Sugerimos ir para outro restaurante especialista em Dim Sum e que também é muito bem cotado, apesar de não ter nenhuma estrela Michellin. Fomos para o One Dim Sum do outro lado da cidade. Não poderíamos ter sido mais felizes na nossa escolha. O atendimento foi de primeiro nível e os Dim Sum... MEU DEUS!!!QUE COISA BOA!!! Nossas convidadas adoraram a sugestão e também amaram o lugar.





Caminhamos por tudo quanto é lado em HK e visitamos diversos lugares, não deu tempo de conhecer as diversas praias e ilhas em volta da cidade, mas deu para sentir bem o clima da cidade. 

Victoria Harbor
Onde estão os barcos e catamarãs que fazem a travessia até a ilha de Hong Kong. Pegamos um desses barcos e cruzamos a baía. O outro lado é a parte "rica" da cidade. Por lá andamos pelo Tamar Park, onde várias famílias faziam piqueniques, vimos vários jovens tirando fotos para formatura, assistimos uma apresentação de músicas instrumentais. Passamos também pelo HK Convention Center e pelo Central Pier, onde os barcos vindos do outro lado da baia atracam.






Show de luzes
Na última noite que estávamos em Hong Kong aproveitamos para ver o show de luzes no skyline da cidade, no outro lado da baia. O show acontece todas as noites a partir das 20h e dura cerca de 15 minutos. Cada dia é apresentado em um idioma diferente. Quando fomos era em inglês, mas não fez diferença nenhuma, pois foi apenas uma introdução que não explicava muita coisa.
O show em si é legalzinho, porém estávamos esperando muito mais, quando acabou pensamos: "era isso?". Mas valeu o programa, até por que não se paga nada por ele.


Ladies' Market
Uma avenida com extensão de uns 3/4 quarteirões de camelôs, com roupas, sapatos, bolsas, lembrancinhas... Tudo voltado para o público feminino.


Temple Street Night Market
Segue a mesma ideia do Ladies' Market, porém um pouco menor e menos conhecido por lá. Até pra achar foi mais complicado. Vale a pena dar uma passada para comprar souvenirs e coisas sem muito valor.


Terminado nossos dias em Hong Kong, chegou a hora de irmos para Macau. Pela manhã fomos até o Hong Kong Ferry Terminal, onde pegamos um catamarã para Macau. O ticket custou 164 HKD (uns 80 reais) e levou cerca de uma hora pra concluir a travessia de 60km. O catamarã é rápido e estável, não balança quase nada. No barco mesmo você já começa a entrar no clima de Macau: diversas placas em português e chinês. Não vamos falar muito porque Macau é tema de um outro post. Cenas do próximo capítulo ;)


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